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domingo, 1 de junho de 2014

Mensagem 7º dom. de Páscoa A 2014



Igreja Evangélica Luterana Cristo – Juína
Pr. Edenilson Gass
Jo 17.1-11 – 7º dom. de Páscoa A 2014
Jesus é nosso sumo sacerdote
v. 9: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus”.
Quando estamos passando por alguma dificuldade, como é bom poder contar com o apoio de amigos, familiares, irmãos na fé. Saber que ao menos essas pessoas estão orando por nós. E, assim, somos encorajados, animados tanto por causa desses amigos, familiares, irmãos, como pelo próprio Deus. Pela certeza de que, por essas orações, também podemos contar com o apoio do nosso Deus.
É nesse sentido que o capítulo 17 de João nos alegra e nos conforta. É o próprio Jesus quem está orando por nós. E isso, sem dúvida, já é motivo suficiente para pularmos de alegria e ficarmos tranquilos diante das tantas situações que nos preocupam e nos angustiam.
Interessante o lugar que João coloca essa oração de Jesus: no capítulo 17. A última coisa que Jesus tinha feito era, mais uma vez, falar da sua morte e encorajar os discípulos para que não desanimassem quando também eles tivessem de sofrer por causa do Evangelho.
Isso explica a nossa leitura de Atos, onde Matias foi escolhido para ficar no lugar de Judas. O trabalho não pode parar. É muito triste saber que pessoas que parecem tão próximas de Jesus, a qualquer momento podem traí-lo. Mas nem isso deve nos desanimar. Precisamos seguir em frente. Chamar outros para o grupo e continuar anunciando o Evangelho.
Assim também é importante notar que essa oração de Jesus vem logo antes da sua Paixão. Ou seja, do seu sofrimento em lugar dos pecadores, da sua caminhada para a cruz, como ele havia anunciado aos discípulos.
Olhando dessa forma, pode até parecer que essa oração de Jesus está fora do lugar. Como se ela “quebrasse” a sequência do texto. Mas na verdade, essa oração de Jesus acaba por ser a ligação entre o que ele disse aos discípulos e o cumprimento daquilo que ele anunciou.
A única coisa que para Jesus antes de ele dar início à sua caminhada para a cruz, onde ele consumaria a obra da salvação, é a sua preocupação para com cada um de nós.
Sem dúvida, o anúncio da morte do seu Mestre não era a mensagem que os discípulos esperavam ouvir. Ainda mais com a notícia de que eles próprios iriam sofrer por serem discípulos de Jesus.
Mas Jesus, vendo a angústia deles, para e ora por eles. E é evidente que quando Jesus ora pelos seus discípulos, também está orando por todos nós que somos seus discípulos. Que também estamos aí para segui-lo e anunciar a sua mensagem e até mesmo sofrer por causa do seu nome.
Quantos já sofreram e ainda sofrem de alguma maneira por causa da fé cristã? Quantos já foram até mortos por serem discípulos de Jesus? Não é fácil pensar que essa é uma das formas que Deus permite para fortalecer a nossa fé em Jesus. Através de mártires. Mas também podemos sempre lembrar que, diante dessas e outras coisas que nos angustiam, Jesus está orando por nós. Mesmo no sofrimento e na morte, estamos protegidos por Jesus.
Muitas pessoas procuram outros intercessores. Outros intermediários que os levem até Deus. Ou através de pessoas que, supostamente, foram mais santas do que nós quando ainda em vida. Ou mesmo através das suas obras tentam chegar até Deus.
Mas só há um que pode interceder por nós e que realmente intercede por nós. Esse alguém é Jesus. É ele quem nos une ao Pai. Assim refletimos na semana passada: pela fé em Jesus, e só por ele, nós temos perfeita comunhão com o nosso Deus e, em Jesus, Deus nos recebe como seus filhos amados.
Agora, por causa de Jesus, também nós temos acesso livre ao Pai. Também podemos nos achegar diante de Deus como o “Pai nosso que está nos céus”. E podemos confiar que Deus nos vê como filhos e, como um pai, cuida de cada um de nós exatamente naquilo que nos deixa com medo ou angustiados.
Com um Deus tão maravilhoso, que não poupou o seu único Filho, antes, o entregou por nós, como podemos ainda viver ansiosos, preocupados e, muitas vezes ainda, reclamando como filhos ingratos?
Como já foi dito, deveríamos pular de alegria e dedicar toda a nossa vida ao serviço de Deus só pelo fato de que Jesus ora por nós. Porque se já é tão bom saber que pessoas oram por nós, quanto mais então sabendo que o nosso salvador Jesus Cristo, que por nós morreu e ressuscitou, também ora incessantemente em nosso favor.
É normal que, assim como os discípulos, nos sintamos sozinhos ao saber que o nosso Mestre teria de enfrentar a morte. Mas lembremos que ele não ficou na morte, mas ressuscitou e agora está à direita do Pai, exercendo o seu poder, protegendo a sua Igreja e intercedendo por nós.
É triste saber que muitos, não conhecendo a Jesus como ele realmente é – o nosso intermediário, a aliança entre Deus e a humanidade – se lançam a outros intermediários. Porém se nós, conhecendo a Jesus dessa forma, com todo o seu amor e preocupação por nós, também não nos lançamos a ele, então em nada somos melhores que o descrente.
Jesus é o nosso sumo sacerdote. Ele intercede por nós. Fomos confiados a ele pelo Pai e ele, em seu amor, não nos lançou fora. Mas, como nosso Pastor, nos guia e protege.
Não é à toa que alguém intitulou essa oração de “A oração sacerdotal e Jesus”. Como está escrito em nossa Bíblia. A função do sacerdote, desde o Antigo Testamento era essa: Dedicar-se a interceder pelo seu povo. Orar por ele, oferecer sacrifícios por ele, pedir perdão pelos seus pecados.
Assim Jesus continua sempre fazendo. Ele, como nosso sumo sacerdote, o principal, o mais importante de todos, intercede por nós. Oferece sacrifícios. A bem da verdade, um único sacrifício: ele próprio. E, assim, com a sua Paixão e morte, carregou sobre si os nossos pecados e, pagando por eles, nos conquistou o perdão de Deus e a vida eterna.
Por isso Jesus diz: “não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste”. Não que não seja da vontade de Deus salvar a todos. Mas aqueles que não creem se tornam instrumentos de Deus, pelos quais muitos cristãos sofrem. Mas sofrem juntamente com Cristo e por meio dessas tribulações vão entrar na vida eterna.
Enquanto isso, nós que cremos, somos seus instrumentos no anúncio da sua Palavra. Enquanto batalhamos neste mundo, dando testemunho do Cristo crucificado, Jesus continua intercedendo por nós. Podemos sempre andar de cabeça erguida, sem medo nem preocupações, porque cada passo, cada minuto está nas mãos de Deus.
O importante é que o trabalho não pare. Com alegria, somos motivados pelo Santo Espírito a chamar pessoas à fé, anunciado a mensagem de Cristo.
E quando passarmos por dificuldades e tribulações e pensarmos que, como o capítulo 17 de João, nossa vida anda meio “atrapalhada”, lembremos que Jesus, o sumo sacerdote, intercede por nós, é o nosso intermediário, a nossa aliança com Deus e que Deus mantém tudo no lugar certo e na hora certa. Amém.


A summary
Jesus is our high priest
v. 9: "I pray for them: I pray not for the world, but for them which thou hast given me; for they are thine".
When the things go not so well, it is very good to know that we have the assistance of our family, friends and brothers in faith. To know that they are praying for us. And, because of this, we make sure that God is with us. We have also the assistance of God.
In John 17, John comforts and makes us happy. Jesus himself is praying for us. Without doubt it is a great reason to jump for joy and get calm in front of the things that worry us and anguish.
So many people stay looking for an intermediate. Through of people who were supposedly holier than us when still in life. Or by their own works. But Jesus is the unique way to God. He is the intermediate between we and God. Only in Jesus God receive us as his beloved children. Only in Jesus we have free access to the Father.
With so marvelous God who handed his unique Son to death for our salvation, how can we live anxious, worried and complaining as ungrateful children? We should, instead, devote our lives to the service in the God’s kingdom.
Jesus is our high priest. He intercedes for us. His pray is not for the world, but for us who are the people of God.
So, when the things go not so well, remember that Jesus is praying for us. He, who is our high priest, intercedes for us before the Father. Amen.
 

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