Igreja Evangélica Luterana Cristo – Juína
Pr. Edenilson Gass
Jo 17.1-11 – 7º dom. de Páscoa A 2014
Jesus é
nosso sumo sacerdote
v. 9: “É por eles que
eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus”.
Quando estamos
passando por alguma dificuldade, como é bom poder contar com o apoio de amigos,
familiares, irmãos na fé. Saber que ao menos essas pessoas estão orando por
nós. E, assim, somos encorajados, animados tanto por causa desses amigos,
familiares, irmãos, como pelo próprio Deus. Pela certeza de que, por essas
orações, também podemos contar com o apoio do nosso Deus.
É nesse sentido que o
capítulo 17 de João nos alegra e nos conforta. É o próprio Jesus quem está
orando por nós. E isso, sem dúvida, já é motivo suficiente para pularmos de
alegria e ficarmos tranquilos diante das tantas situações que nos preocupam e
nos angustiam.
Interessante o lugar
que João coloca essa oração de Jesus: no capítulo 17. A última coisa que Jesus
tinha feito era, mais uma vez, falar da sua morte e encorajar os discípulos para
que não desanimassem quando também eles tivessem de sofrer por causa do
Evangelho.
Isso explica a nossa
leitura de Atos, onde Matias foi escolhido para ficar no lugar de Judas. O
trabalho não pode parar. É muito triste saber que pessoas que parecem tão
próximas de Jesus, a qualquer momento podem traí-lo. Mas nem isso deve nos
desanimar. Precisamos seguir em frente. Chamar outros para o grupo e continuar
anunciando o Evangelho.
Assim também é
importante notar que essa oração de Jesus vem logo antes da sua Paixão. Ou
seja, do seu sofrimento em lugar dos pecadores, da sua caminhada para a cruz, como
ele havia anunciado aos discípulos.
Olhando dessa forma,
pode até parecer que essa oração de Jesus está fora do lugar. Como se ela
“quebrasse” a sequência do texto. Mas na verdade, essa oração de Jesus acaba
por ser a ligação entre o que ele disse aos discípulos e o cumprimento daquilo
que ele anunciou.
A única coisa que para
Jesus antes de ele dar início à sua caminhada para a cruz, onde ele consumaria
a obra da salvação, é a sua preocupação para com cada um de nós.
Sem dúvida, o anúncio
da morte do seu Mestre não era a mensagem que os discípulos esperavam ouvir.
Ainda mais com a notícia de que eles próprios iriam sofrer por serem discípulos
de Jesus.
Mas Jesus, vendo a
angústia deles, para e ora por eles. E é evidente que quando Jesus ora pelos
seus discípulos, também está orando por todos nós que somos seus discípulos.
Que também estamos aí para segui-lo e anunciar a sua mensagem e até mesmo
sofrer por causa do seu nome.
Quantos já sofreram e
ainda sofrem de alguma maneira por causa da fé cristã? Quantos já foram até
mortos por serem discípulos de Jesus? Não é fácil pensar que essa é uma das
formas que Deus permite para fortalecer a nossa fé em Jesus. Através de
mártires. Mas também podemos sempre lembrar que, diante dessas e outras coisas
que nos angustiam, Jesus está orando por nós. Mesmo no sofrimento e na morte,
estamos protegidos por Jesus.
Muitas pessoas procuram
outros intercessores. Outros intermediários que os levem até Deus. Ou através
de pessoas que, supostamente, foram mais santas do que nós quando ainda em
vida. Ou mesmo através das suas obras tentam chegar até Deus.
Mas só há um que pode
interceder por nós e que realmente intercede por nós. Esse alguém é Jesus. É
ele quem nos une ao Pai. Assim refletimos na semana passada: pela fé em Jesus,
e só por ele, nós temos perfeita comunhão com o nosso Deus e, em Jesus, Deus
nos recebe como seus filhos amados.
Agora, por causa de
Jesus, também nós temos acesso livre ao Pai. Também podemos nos achegar diante
de Deus como o “Pai nosso que está nos céus”. E podemos confiar que Deus nos vê
como filhos e, como um pai, cuida de cada um de nós exatamente naquilo que nos
deixa com medo ou angustiados.
Com um Deus tão
maravilhoso, que não poupou o seu único Filho, antes, o entregou por nós, como
podemos ainda viver ansiosos, preocupados e, muitas vezes ainda, reclamando
como filhos ingratos?
Como já foi dito,
deveríamos pular de alegria e dedicar toda a nossa vida ao serviço de Deus só
pelo fato de que Jesus ora por nós. Porque se já é tão bom saber que pessoas
oram por nós, quanto mais então sabendo que o nosso salvador Jesus Cristo, que
por nós morreu e ressuscitou, também ora incessantemente em nosso favor.
É normal que, assim
como os discípulos, nos sintamos sozinhos ao saber que o nosso Mestre teria de
enfrentar a morte. Mas lembremos que ele não ficou na morte, mas ressuscitou e
agora está à direita do Pai, exercendo o seu poder, protegendo a sua Igreja e
intercedendo por nós.
É triste saber que
muitos, não conhecendo a Jesus como ele realmente é – o nosso intermediário, a
aliança entre Deus e a humanidade – se lançam a outros intermediários. Porém se
nós, conhecendo a Jesus dessa forma, com todo o seu amor e preocupação por nós,
também não nos lançamos a ele, então em nada somos melhores que o descrente.
Jesus é o nosso sumo
sacerdote. Ele intercede por nós. Fomos confiados a ele pelo Pai e ele, em seu
amor, não nos lançou fora. Mas, como nosso Pastor, nos guia e protege.
Não é à toa que alguém
intitulou essa oração de “A oração sacerdotal e Jesus”. Como está escrito em
nossa Bíblia. A função do sacerdote, desde o Antigo Testamento era essa:
Dedicar-se a interceder pelo seu povo. Orar por ele, oferecer sacrifícios por
ele, pedir perdão pelos seus pecados.
Assim Jesus continua
sempre fazendo. Ele, como nosso sumo sacerdote, o principal, o mais importante
de todos, intercede por nós. Oferece sacrifícios. A bem da verdade, um único
sacrifício: ele próprio. E, assim, com a sua Paixão e morte, carregou sobre si
os nossos pecados e, pagando por eles, nos conquistou o perdão de Deus e a vida
eterna.
Por isso Jesus diz:
“não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste”. Não que não seja da
vontade de Deus salvar a todos. Mas aqueles que não creem se tornam
instrumentos de Deus, pelos quais muitos cristãos sofrem. Mas sofrem juntamente
com Cristo e por meio dessas tribulações vão entrar na vida eterna.
Enquanto isso, nós que
cremos, somos seus instrumentos no anúncio da sua Palavra. Enquanto batalhamos
neste mundo, dando testemunho do Cristo crucificado, Jesus continua
intercedendo por nós. Podemos sempre andar de cabeça erguida, sem medo nem
preocupações, porque cada passo, cada minuto está nas mãos de Deus.
O importante é que o
trabalho não pare. Com alegria, somos motivados pelo Santo Espírito a chamar
pessoas à fé, anunciado a mensagem de Cristo.
E quando passarmos por
dificuldades e tribulações e pensarmos que, como o capítulo 17 de João, nossa
vida anda meio “atrapalhada”, lembremos que Jesus, o sumo sacerdote, intercede
por nós, é o nosso intermediário, a nossa aliança com Deus e que Deus mantém
tudo no lugar certo e na hora certa. Amém.
A summary
Jesus is our high priest
v. 9: "I pray for them: I pray not for the world, but for them which thou hast given me; for they are thine".
When the things go not so well, it is very good
to know that we have the assistance of our family, friends and brothers in
faith. To know that they are praying for us. And, because of this, we make sure
that God is with us. We have also the assistance of God.
In John 17, John comforts and makes us happy.
Jesus himself is praying for us. Without doubt it is a great reason to jump for
joy and get calm in front of the things that worry us and anguish.
So many people stay looking for an intermediate.
Through of people who were supposedly holier than us when still in life. Or by
their own works. But Jesus is the unique way to God. He is the intermediate
between we and God. Only in Jesus God receive us as his beloved children. Only
in Jesus we have free access to the Father.
With so marvelous God who handed his unique Son
to death for our salvation, how can we live anxious, worried and complaining as
ungrateful children? We should, instead, devote our lives to the service in the
God’s kingdom.
Jesus is our high priest. He intercedes for us.
His pray is not for the world, but for us who are the people of God.
So, when the things go not so well, remember
that Jesus is praying for us. He, who is our high priest, intercedes for us
before the Father. Amen.
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