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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Programa de Natal 2014

O Natal chegou mais cedo em Juína, MT. No dia 13 de dezembro de 2014, às 20:00, deu-se início a programação de Natal sob o título "Lições do presépio". Cada peça do presépio é importante. Cada qual tem seu peculiar significado. E de todos, Jesus foi, é e sempre será o personagem principal. Pois é no menino Jesus que encontramos a revelação do Deus Altíssimo. Aprecia algumas fotos do programa e leia também a mensagem natalina com base no texto de Jo 1 conforme segue.









quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Mensagem Dia de Natal B 2014



Igreja Evangélica Luterana Cristo – Juína
Pr. Edenilson Gass
Sl 2; Is 52.7-10; Hb 1.1-12; Jo 1.1-18 – Dia de Natal B 2014
Deus habita com a gente
v. 14: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”.
Quem está do seu lado nos momentos de alegria? Quem está do seu lado nos momentos de dificuldade e sofrimento? Como é bom, independente das ocasiões, ter alguém do nosso lado. Não é verdade? Como é bom ter alguém que compartilha com a gente daquilo que nos alegra, daquilo que nos pesa, daquilo que nós planejamos e assim por diante.
Neste sentido, o Natal traz uma mensagem muito bonita porque lembra que o próprio Deus veio ao mundo para ficar com os seus filhos. E mesmo que ele não tenha ficado fisicamente, nós sabemos que o valor da sua obra para a nossa salvação tem valor eterno. E nós hoje, dois mil anos depois, ainda podemos viver felizes por esta certeza.
E o texto de João nos reforça mais uma vez isso de forma muito intensa. Em primeiro lugar, o texto começa lembrando que no princípio, quando ainda não havia universo, o Verbo já existia. E ele diz que esse Verbo ou essa Palavra estava com Deus e era Deus. E depois ele diz que tudo quanto hoje existe foi criado por meio desta Palavra.
É óbvio que esse Verbo só pode ser o próprio Jesus. Ele é a Palavra de Deus por meio de quem todas as coisas foram feitas. Portanto, a Palavra de Deus não é coisa que veio a existir só com a história da Igreja. Podemos dizer que o que Deus fez ao inspirar pessoas que escreveram a Bíblia foi deixar escrito para todo o mundo sobre a salvação que ele concretizou quando Jesus veio ao mundo.
Você lembrava que hoje, o segundo domingo de dezembro, é o dia da Bíblia? Que coincidência interessante! Justamente quando estamos falando do Verbo eterno ou da Palavra de Deus.
Que privilégio nós temos hoje de podermos nos encontrar com Jesus a cada vez que lemos a Bíblia. Porque a Palavra de Deus é o próprio Jesus. Por milhares de anos a Igreja Cristã não teve essa oportunidade. Nós temos. E precisamos aproveitar.
A Bíblia é o guia para todo o nosso viver. Em 2Timóteo nós lemos que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que [tem uma razão para tudo isso] o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
O próprio Jesus, também em João, no capítulo 5, diz assim: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.
Como anda a nossa leitura bíblica? Será que temos aproveitado essa bênção de Deus que foi a tradução da Bíblia para o português? Há algumas décadas, alguém até poderia dizer: Como posso ler a Bíblia se ela não existe na minha própria língua? Mas hoje, graças a Deus, não há mais nada que nos impeça de estudarmos a sua Palavra. Especialmente no Brasil onde as perseguições à Igreja Cristã não chegaram nesse ponto.
Às vezes, nós é que criamos alguns empecilhos. Ah, mas eu não entendo algumas palavras. Bom, se isso é problema, hoje nós temos a Nova Tradução na Linguagem de Hoje – ou então, um dicionário também pode ajudar. Ah, mas a letra é muito pequena; não dá para ler direito. Já tem Bíblia até com letra gigante. Essa da letra pequena não justifica mais nada. Ah, mas, sei lá, parece que essa Bíblia não é para mim. Hoje nós temos a Bíblia do bebê, da criança, do adolescente, do jovem, da mulher e por aí vai. Até nisso a Sociedade Bíblica do Brasil tem pensado para que cada um pudesse ter uma Bíblia que é a sua cara e fazer a sua leitura diária.
Se Deus permitiu que hoje em dia nós tenhamos acesso à sua Palavra, provavelmente é porque tanto mais hoje em dia nós precisamos desta Palavra. Não deixemos que o inimigo, nos tentando com tantos atrativos da modernidade, nos faça deixar de lado o que Deus tem a nos dizer.
Muita gente diz que não tem tempo para ler a Bíblia. Mas ela todo o tempo do mundo para ficar na internet, para ficar de pernas para o ar sem fazer nada. Nada contra a tecnologia ou o lazer. Isso é importante e até necessário. Mas o cristão precisa usar isso com responsabilidade. O que significa também ter tempo para Deus.
Nós sabemos que muita gente realmente trabalha o dia todo e quando chegam em casa também tem coisa para fazer. É a família, os filhos, a casa. Mas quem não tem dez ou quinze minutos para fazer a sua leitura bíblica?
Como alguns têm dito por aí: A Bíblia é o único livro que você lê na companhia do autor. Porque ali Deus fala contigo. Ali Deus te ensina, consola, adverte, orienta e fortalece na fé e no amor. Por isso ler a Bíblia deveria ser coisa que está sempre na agenda do cristão.
E aí chegamos no ponto alto do texto de hoje: Essa Palavra de Deus, que existe desde toda a eternidade, que hoje nós temos por escrito, se tornou um ser humano e veio habitar entre nós. É o milagre do Natal: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”.
Uma das coisas que mais chama a atenção aqui é o verbo habitar que tem o sentido de “armar uma tenda”. O que indica uma habitação temporária, não permanente. Isso retrata bem a obra de Jesus que veio ao mundo não para viver para sempre aqui, mas para que nós, que também estamos só de passagem, também possamos um dia estar com ele na glória.
As tendas também nos lembram a peregrinação do povo de Israel no deserto quando eles habitavam em tendas. E o mais interessante de tudo: No meio do povo sempre se encontrava o tabernáculo (que também é uma espécie de tenda) que era onde Deus habitava.
Deus sempre quis um lugar onde o seu povo pudesse ir se encontrar com ele. Um lugar onde o seu povo pudesse procura-lo quando estivessem tristes, felizes, arrependidos ou agradecidos. Por isso tinha o tabernáculo, depois o templo, depois as sinagogas e hoje as igrejas.
No entanto, Deus não é alguém que só espera pela nossa visita. Ele também vem até nós. Em Jesus, no primeiro Natal, Deus veio a nós para nos conquistar o perdão dos pecados e a vida eterna. E assim também Deus continua fazendo.
Na desgraça e no sofrimento, quando o medo toma conta e as forças vão embora, ali Deus arma a sua tenda. No luto, quando a dor parece insuportável e nada mais parece fazer sentido, Deus arma a sua tenda. Na doença, quando somos deparados com a fragilidade humana, Deus arma a sua tenda.
Deus não vem a nós só nas alegrias, quando queremos compartilhar com ele aquilo que nos anima e encoraja. Mas também nas nossas dificuldades, quando queremos e precisamos de alguém que saiba o que estamos enfrentando e esteja sempre do nosso lado para o que der e vier.
Na alegria ou na dificuldade, quem está do seu lado? Deus, em sua bondade, coloca pessoas ao nosso redor que nos amam e que cuidam de nós. No entanto, diz Deus, mesmo que todos vierem a te abandonar eu nunca jamais te abandonarei. Como também Jesus disse: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século”. E esta é a grande mensagem do Natal: Em Jesus e por Jesus, Deus habita com a gente. Amém.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Mensagem 2º dom. no Advento B 2014



Igreja Evangélica Luterana Cristo – Juína
Pr. Edenilson Gass
Sl 85; Is 40.1-11; 2Pe 3.8-14; Mc 1.1-8 – 2º dom. no Advento B 2014
Arrependimento para perdão e salvação
v. 4: “Apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados”.
Natal chegando, começam os preparativos. Igrejas, estabelecimentos e casas são enfeitados. Todos querem curtir e se envolver nesse tempo natalino. Por mais que nem todos comemorem o Natal pela razão certa que é a vinda do salvador ao mundo, o Natal é, sem dúvida, uma das festas mais comemoradas e por isso toda essa preparação para o Natal que já começa pelo menos com um mês de antecedência.
A mensagem de João Batista também visava preparação. Mas que preparação era essa? Será que é uma mera preparação exterior, como montar um pinheirinho dentro de casa ou pendurar uma coroa de Advento na porta?
Sempre que aguardamos a chegada de alguém à nossa casa, procuramos deixar tudo preparado para receber aquela pessoa. Vemos se há alguma coisa jogada pela casa, se vamos ter algo para oferecer ao visitante como comida ou bebida. Se a pessoa vai dormir lá, também vemos se está tudo em ordem no quarto.
Assim o texto de Marcos nos convida a nos prepararmos para a chegada de Jesus. Precisamos ver se está tudo em ordem na casa da nossa vida e da nossa relação com Deus. E como acontece essa preparação, conforme João? Pelo arrependimento.
João Batista, em sua pregação no deserto, enfatiza muito o arrependimento para o perdão dos pecados. Ele deixa claro, com isso, que o perdão de Deus está aí disponível para todos, mas só recebem esse perdão aqueles que reconhecem os seus pecados e deles se arrependem.
Na verdade, não só a mensagem de João Batista, mas a mensagem bíblica quanto a isso é bastante clara. O próprio Jesus, em certa ocasião, diz assim: Eu não vim pelos bons, e sim pelos pecadores. Com isso ele quer dizer que existem pessoas boas e pessoas pecadoras. Sabemos muito bem que todos, sem exceção, são igualmente pecadores. Mas aqueles que não enxergam os seus pecados e por isso se acham bons não podem ser agraciados pelo perdão de Jesus. Já os pecadores, ou seja, os que reconhecem a sua vida pecaminosa e esperam seu perdão pela misericórdia de Deus, esses já receberam o seu perdão.
Hoje a gente percebe como tem muita gente que não leva a sério o arrependimento. Mesmo cristãos. Pensam que podem compensar o que fazem de errado fazendo coisas boas. Como se, com isso, não precisassem mais mudar as suas atitudes nem se arrepender dos seus pecados.
Nem é tão raro a gente ouvir por aí algo do tipo: “Domingo não deu para ir no culto, mas não vai ter problema porque eu não pequei tanto essa semana” ou então “eu não fiz nada tão grave assim, então eu sei que Deus está de bem comigo”.
Só que não é assim que a coisa funciona. Todo pecado, por menor que seja aos nossos olhos, é tão grave diante de Deus na sua santidade que, por um único pecado, nós já merecemos a condenação eterna. Por isso ninguém pense que é chantageando a Deus com boas obras que vamos ser perdoados, mas buscando nele, na sua misericórdia, que nos perdoe por causa do seu amor por nós.
Esses são aqueles por quem Jesus veio no primeiro Natal. Claro, como já foi dito, que Jesus veio ao mundo por amor a toda a humanidade. Mas só aqueles que confiam somente nele como seu salvador recebem o perdão dos seus pecados e a vida eterna.
Por isso João pregava o arrependimento e também batizava os que se encontravam arrependidos como uma forma de confirmar neles o perdão dos seus pecados. E agora, pelo nosso batismo, Deus convida também a nós a sermos uma voz que clama no deserto.
Neste mundo deserto de perdão, amor e compaixão, precisamos semear o evangelho de Jesus Cristo. A boa notícia da salvação. E não só numa pregação de boca ou de palavra porque isso não resolve muita coisa, mas um verdadeiro testemunho do amor de Deus com a nossa própria vida.
Com certeza, quando as pessoas viam ou ficavam sabendo que João pregava num lugar tão incomum, usando as mesmas roupas do profeta Elias (pelos de camelo e um cinto de couro) e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre, elas ficavam impressionadas ou, no mínimo, curiosas.
Tudo bem que tudo isso pode ter um significado. Até já falamos sobre isso há algum tempo. Mas, numa aplicação mais rápida e direta, poderíamos fazer a seguinte oração: Que assim como João estimulava a curiosidade nas pessoas pelo seu viver diferente, assim também possamos nós, com um viver cristão, dedicado ao reino de Deus, despertar a curiosidade daqueles com quem nos encontramos ou convivemos para que também tenhamos a oportunidade de falar da razão da nossa alegria e do nosso viver cristão: É porque, em Cristo, nós temos o perdão e a salvação.
Muitos são os que buscam essa paz, essa alegria, essa razão de viver. Mas ainda não encontraram porque ninguém lhes falou de Jesus. Por isso Deus, pelo batismo, pela sua Palavra, faz de nós suas testemunhas a anunciar no deserto desse mundo o evangelho da salvação.
Em nossos dias também é muito comum vermos pregadores que procuram chamar toda a atenção para si mesmos ou para a sua igreja. Muitos cristãos também vivem uma vida hipocritamente exemplar só para serem vistos e elogiados pelos outros.
Com João Batista aprendemos que não estamos aqui para anunciar a nós mesmos ou uma mensagem que venha de nós. Mas anunciamos somente a Cristo e a sua mensagem de salvação.
João chega a dizer que é não digno nem mesmo de fazer o trabalho de um escravo para Jesus como, por exemplo, desatar-lhe as sandálias. Essa humildade que vem do reconhecimento da nossa condição de pecadores é uma característica forte do cristão. Porque ali, com certeza, habita o Espírito Santo. E onde habita o Espírito Santo há sincero arrependimento, certeza do perdão dos pecados e da vida eterna e também o desejo de que mais pessoas conheçam a maravilhosa mensagem do Evangelho. É por isso que João disse: Eu batizo com água, mas Jesus vai batizar com o Espírito Santo.
Diante dessa responsabilidade e, ao mesmo tempo, privilégio que temos de anunciar o Evangelho, tanto mais se tornam importantes duas coisas: 1) O fortalecimento da nossa fé pelos meios da graça, Palavra e sacramentos, afinal nós não queremos cair da fé antes mesmo de anunciarmos o salvador a outras pessoas e; 2) Crescer no conhecimento da Palavra de Deus para que saibamos o que falar quando tivermos a chance.
A mensagem de João Batista não é de uma mera preparação externa. Mas de um verdadeiro arrependimento, pelo profundo reconhecimento da nossa natureza pecaminosa. E, assim, de maneira alguma buscarmos a salvação no lugar errado, ou seja, em nós mesmos, mas naquele que por amor a nós veio ao mundo, sofreu e morreu em nosso lugar para o perdão dos nossos pecados.
Natal chegando, começam os preparativos. Não tem nada de errado com a preparação externa (pinheirinho, coroa, luzes). Mas o mais importante é preparar o nosso coração para receber a Jesus todos os dias de todos os anos como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Amém.