O Natal chegou mais cedo em Juína, MT. No dia 13 de dezembro de 2014, às 20:00, deu-se início a programação de Natal sob o título "Lições do presépio". Cada peça do presépio é importante. Cada qual tem seu peculiar significado. E de todos, Jesus foi, é e sempre será o personagem principal. Pois é no menino Jesus que encontramos a revelação do Deus Altíssimo. Aprecia algumas fotos do programa e leia também a mensagem natalina com base no texto de Jo 1 conforme segue.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Mensagem Dia de Natal B 2014
Igreja Evangélica Luterana Cristo –
Juína
Pr. Edenilson Gass
Sl
2; Is 52.7-10; Hb 1.1-12; Jo 1.1-18 –
Dia de Natal B 2014
Deus
habita com a gente
v.
14: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e
vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”.
Quem está do seu lado nos momentos de alegria? Quem
está do seu lado nos momentos de dificuldade e sofrimento? Como é bom,
independente das ocasiões, ter alguém do nosso lado. Não é verdade? Como é bom
ter alguém que compartilha com a gente daquilo que nos alegra, daquilo que nos
pesa, daquilo que nós planejamos e assim por diante.
Neste sentido, o Natal traz uma mensagem muito
bonita porque lembra que o próprio Deus veio ao mundo para ficar com os seus
filhos. E mesmo que ele não tenha ficado fisicamente, nós sabemos que o valor
da sua obra para a nossa salvação tem valor eterno. E nós hoje, dois mil anos
depois, ainda podemos viver felizes por esta certeza.
E o texto de João nos reforça mais uma vez isso de
forma muito intensa. Em primeiro lugar, o texto começa lembrando que no
princípio, quando ainda não havia universo, o Verbo já existia. E ele diz que
esse Verbo ou essa Palavra estava com Deus e era Deus. E depois ele diz que
tudo quanto hoje existe foi criado por meio desta Palavra.
É óbvio que esse Verbo só pode ser o próprio Jesus.
Ele é a Palavra de Deus por meio de quem todas as coisas foram feitas.
Portanto, a Palavra de Deus não é coisa que veio a existir só com a história da
Igreja. Podemos dizer que o que Deus fez ao inspirar pessoas que escreveram a
Bíblia foi deixar escrito para todo o mundo sobre a salvação que ele
concretizou quando Jesus veio ao mundo.
Você lembrava que hoje, o segundo domingo de
dezembro, é o dia da Bíblia? Que coincidência interessante! Justamente quando estamos
falando do Verbo eterno ou da Palavra de Deus.
Que privilégio nós temos hoje de podermos nos
encontrar com Jesus a cada vez que lemos a Bíblia. Porque a Palavra de Deus é o
próprio Jesus. Por milhares de anos a Igreja Cristã não teve essa oportunidade.
Nós temos. E precisamos aproveitar.
A Bíblia é o guia para todo o nosso viver. Em
2Timóteo nós lemos que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim
de que [tem uma razão para tudo isso] o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
O próprio Jesus, também em João, no capítulo 5, diz
assim: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são
elas mesmas que testificam de mim”.
Como anda a nossa leitura bíblica? Será que temos
aproveitado essa bênção de Deus que foi a tradução da Bíblia para o português?
Há algumas décadas, alguém até poderia dizer: Como posso ler a Bíblia se ela
não existe na minha própria língua? Mas hoje, graças a Deus, não há mais nada
que nos impeça de estudarmos a sua Palavra. Especialmente no Brasil onde as
perseguições à Igreja Cristã não chegaram nesse ponto.
Às vezes, nós é que criamos alguns empecilhos. Ah,
mas eu não entendo algumas palavras. Bom, se isso é problema, hoje nós temos a
Nova Tradução na Linguagem de Hoje – ou então, um dicionário também pode ajudar.
Ah, mas a letra é muito pequena; não dá para ler direito. Já tem Bíblia até com
letra gigante. Essa da letra pequena não justifica mais nada. Ah, mas, sei lá,
parece que essa Bíblia não é para mim. Hoje nós temos a Bíblia do bebê, da
criança, do adolescente, do jovem, da mulher e por aí vai. Até nisso a
Sociedade Bíblica do Brasil tem pensado para que cada um pudesse ter uma Bíblia
que é a sua cara e fazer a sua leitura diária.
Se Deus permitiu que hoje em dia nós tenhamos acesso
à sua Palavra, provavelmente é porque tanto mais hoje em dia nós precisamos
desta Palavra. Não deixemos que o inimigo, nos tentando com tantos atrativos da
modernidade, nos faça deixar de lado o que Deus tem a nos dizer.
Muita gente diz que não tem tempo para ler a Bíblia.
Mas ela todo o tempo do mundo para ficar na internet, para ficar de pernas para
o ar sem fazer nada. Nada contra a tecnologia ou o lazer. Isso é importante e até
necessário. Mas o cristão precisa usar isso com responsabilidade. O que
significa também ter tempo para Deus.
Nós sabemos que muita gente realmente trabalha o dia
todo e quando chegam em casa também tem coisa para fazer. É a família, os
filhos, a casa. Mas quem não tem dez ou quinze minutos para fazer a sua leitura
bíblica?
Como alguns têm dito por aí: A Bíblia é o único
livro que você lê na companhia do autor. Porque ali Deus fala contigo. Ali Deus
te ensina, consola, adverte, orienta e fortalece na fé e no amor. Por isso ler
a Bíblia deveria ser coisa que está sempre na agenda do cristão.
E aí chegamos no ponto alto do texto de hoje: Essa
Palavra de Deus, que existe desde toda a eternidade, que hoje nós temos por
escrito, se tornou um ser humano e veio habitar entre nós. É o milagre do Natal:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e
vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”.
Uma das coisas que mais chama a atenção aqui é o
verbo habitar que tem o sentido de “armar uma tenda”. O que indica uma
habitação temporária, não permanente. Isso retrata bem a obra de Jesus que veio
ao mundo não para viver para sempre aqui, mas para que nós, que também estamos
só de passagem, também possamos um dia estar com ele na glória.
As tendas também nos lembram a peregrinação do povo
de Israel no deserto quando eles habitavam em tendas. E o mais interessante de
tudo: No meio do povo sempre se encontrava o tabernáculo (que também é uma
espécie de tenda) que era onde Deus habitava.
Deus sempre quis um lugar onde o seu povo pudesse ir
se encontrar com ele. Um lugar onde o seu povo pudesse procura-lo quando
estivessem tristes, felizes, arrependidos ou agradecidos. Por isso tinha o
tabernáculo, depois o templo, depois as sinagogas e hoje as igrejas.
No entanto, Deus não é alguém que só espera pela
nossa visita. Ele também vem até nós. Em Jesus, no primeiro Natal, Deus veio a nós
para nos conquistar o perdão dos pecados e a vida eterna. E assim também Deus
continua fazendo.
Na desgraça e no sofrimento, quando o medo toma
conta e as forças vão embora, ali Deus arma a sua tenda. No luto, quando a dor
parece insuportável e nada mais parece fazer sentido, Deus arma a sua tenda. Na
doença, quando somos deparados com a fragilidade humana, Deus arma a sua tenda.
Deus não vem a nós só nas alegrias, quando queremos
compartilhar com ele aquilo que nos anima e encoraja. Mas também nas nossas
dificuldades, quando queremos e precisamos de alguém que saiba o que estamos
enfrentando e esteja sempre do nosso lado para o que der e vier.
Na alegria ou na dificuldade, quem está do seu lado?
Deus, em sua bondade, coloca pessoas ao nosso redor que nos amam e que cuidam
de nós. No entanto, diz Deus, mesmo que todos vierem a te abandonar eu nunca
jamais te abandonarei. Como também Jesus disse: “Eis que estou convosco todos
os dias até a consumação do século”. E esta é a grande mensagem do Natal: Em
Jesus e por Jesus, Deus habita com a gente. Amém.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Mensagem 2º dom. no Advento B 2014
Igreja Evangélica Luterana Cristo –
Juína
Pr. Edenilson Gass
Sl
85; Is 40.1-11; 2Pe 3.8-14; Mc 1.1-8 –
2º dom. no Advento B 2014
Arrependimento
para perdão e salvação
v. 4: “Apareceu João Batista no deserto, pregando
batismo de arrependimento para remissão de pecados”.
Natal chegando, começam os preparativos. Igrejas,
estabelecimentos e casas são enfeitados. Todos querem curtir e se envolver nesse
tempo natalino. Por mais que nem todos comemorem o Natal pela razão certa que é
a vinda do salvador ao mundo, o Natal é, sem dúvida, uma das festas mais
comemoradas e por isso toda essa preparação para o Natal que já começa pelo
menos com um mês de antecedência.
A mensagem de João Batista também visava preparação.
Mas que preparação era essa? Será que é uma mera preparação exterior, como
montar um pinheirinho dentro de casa ou pendurar uma coroa de Advento na porta?
Sempre que aguardamos a chegada de alguém à nossa
casa, procuramos deixar tudo preparado para receber aquela pessoa. Vemos se há
alguma coisa jogada pela casa, se vamos ter algo para oferecer ao visitante
como comida ou bebida. Se a pessoa vai dormir lá, também vemos se está tudo em
ordem no quarto.
Assim o texto de Marcos nos convida a nos
prepararmos para a chegada de Jesus. Precisamos ver se está tudo em ordem na
casa da nossa vida e da nossa relação com Deus. E como acontece essa
preparação, conforme João? Pelo arrependimento.
João Batista, em sua pregação no deserto, enfatiza
muito o arrependimento para o perdão dos pecados. Ele deixa claro, com isso,
que o perdão de Deus está aí disponível para todos, mas só recebem esse perdão
aqueles que reconhecem os seus pecados e deles se arrependem.
Na verdade, não só a mensagem de João Batista, mas a
mensagem bíblica quanto a isso é bastante clara. O próprio Jesus, em certa
ocasião, diz assim: Eu não vim pelos bons, e sim pelos pecadores. Com isso ele
quer dizer que existem pessoas boas e pessoas pecadoras. Sabemos muito bem que
todos, sem exceção, são igualmente pecadores. Mas aqueles que não enxergam os
seus pecados e por isso se acham bons não podem ser agraciados pelo perdão de
Jesus. Já os pecadores, ou seja, os que reconhecem a sua vida pecaminosa e esperam
seu perdão pela misericórdia de Deus, esses já receberam o seu perdão.
Hoje a gente percebe como tem muita gente que não
leva a sério o arrependimento. Mesmo cristãos. Pensam que podem compensar o que
fazem de errado fazendo coisas boas. Como se, com isso, não precisassem mais
mudar as suas atitudes nem se arrepender dos seus pecados.
Nem é tão raro a gente ouvir por aí algo do tipo:
“Domingo não deu para ir no culto, mas não vai ter problema porque eu não
pequei tanto essa semana” ou então “eu não fiz nada tão grave assim, então eu
sei que Deus está de bem comigo”.
Só que não é assim que a coisa funciona. Todo
pecado, por menor que seja aos nossos olhos, é tão grave diante de Deus na sua
santidade que, por um único pecado, nós já merecemos a condenação eterna. Por
isso ninguém pense que é chantageando a Deus com boas obras que vamos ser
perdoados, mas buscando nele, na sua misericórdia, que nos perdoe por causa do
seu amor por nós.
Esses são aqueles por quem Jesus veio no primeiro
Natal. Claro, como já foi dito, que Jesus veio ao mundo por amor a toda a
humanidade. Mas só aqueles que confiam somente nele como seu salvador recebem o
perdão dos seus pecados e a vida eterna.
Por isso João pregava o arrependimento e também
batizava os que se encontravam arrependidos como uma forma de confirmar neles o
perdão dos seus pecados. E agora, pelo nosso batismo, Deus convida também a nós
a sermos uma voz que clama no deserto.
Neste mundo deserto de perdão, amor e compaixão,
precisamos semear o evangelho de Jesus Cristo. A boa notícia da salvação. E não
só numa pregação de boca ou de palavra porque isso não resolve muita coisa, mas
um verdadeiro testemunho do amor de Deus com a nossa própria vida.
Com certeza, quando as pessoas viam ou ficavam
sabendo que João pregava num lugar tão incomum, usando as mesmas roupas do
profeta Elias (pelos de camelo e um cinto de couro) e se alimentava de
gafanhotos e mel silvestre, elas ficavam impressionadas ou, no mínimo,
curiosas.
Tudo bem que tudo isso pode ter um significado. Até
já falamos sobre isso há algum tempo. Mas, numa aplicação mais rápida e direta,
poderíamos fazer a seguinte oração: Que assim como João estimulava a
curiosidade nas pessoas pelo seu viver diferente, assim também possamos nós,
com um viver cristão, dedicado ao reino de Deus, despertar a curiosidade
daqueles com quem nos encontramos ou convivemos para que também tenhamos a
oportunidade de falar da razão da nossa alegria e do nosso viver cristão: É
porque, em Cristo, nós temos o perdão e a salvação.
Muitos são os que buscam essa paz, essa alegria,
essa razão de viver. Mas ainda não encontraram porque ninguém lhes falou de
Jesus. Por isso Deus, pelo batismo, pela sua Palavra, faz de nós suas
testemunhas a anunciar no deserto desse mundo o evangelho da salvação.
Em nossos dias também é muito comum vermos
pregadores que procuram chamar toda a atenção para si mesmos ou para a sua
igreja. Muitos cristãos também vivem uma vida hipocritamente exemplar só para
serem vistos e elogiados pelos outros.
Com João Batista aprendemos que não estamos aqui
para anunciar a nós mesmos ou uma mensagem que venha de nós. Mas anunciamos
somente a Cristo e a sua mensagem de salvação.
João chega a dizer que é não digno nem mesmo de
fazer o trabalho de um escravo para Jesus como, por exemplo, desatar-lhe as
sandálias. Essa humildade que vem do reconhecimento da nossa condição de
pecadores é uma característica forte do cristão. Porque ali, com certeza,
habita o Espírito Santo. E onde habita o Espírito Santo há sincero
arrependimento, certeza do perdão dos pecados e da vida eterna e também o desejo
de que mais pessoas conheçam a maravilhosa mensagem do Evangelho. É por isso
que João disse: Eu batizo com água, mas Jesus vai batizar com o Espírito Santo.
Diante dessa responsabilidade e, ao mesmo tempo,
privilégio que temos de anunciar o Evangelho, tanto mais se tornam importantes
duas coisas: 1) O fortalecimento da nossa fé pelos meios da graça, Palavra e
sacramentos, afinal nós não queremos cair da fé antes mesmo de anunciarmos o
salvador a outras pessoas e; 2) Crescer no conhecimento da Palavra de Deus para
que saibamos o que falar quando tivermos a chance.
A mensagem de João Batista não é de uma mera
preparação externa. Mas de um verdadeiro arrependimento, pelo profundo
reconhecimento da nossa natureza pecaminosa. E, assim, de maneira alguma
buscarmos a salvação no lugar errado, ou seja, em nós mesmos, mas naquele que
por amor a nós veio ao mundo, sofreu e morreu em nosso lugar para o perdão dos
nossos pecados.
Natal chegando, começam os preparativos. Não tem
nada de errado com a preparação externa (pinheirinho, coroa, luzes). Mas o mais
importante é preparar o nosso coração para receber a Jesus todos os dias de
todos os anos como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Amém.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
1º domingo no Advento - uma breve reflexão
Igreja Evangélica Luterana Cristo - Juína
Pr. Edenilson Gass
Sl 80.1-7; Is 64.1-9; 1Co 1.3-9; Mc 13.24-37 - 1º Domingo no Advento
Sugestão de hinos: Hinário Luterano 240, 245.
Pr. Edenilson Gass
Sl 80.1-7; Is 64.1-9; 1Co 1.3-9; Mc 13.24-37 - 1º Domingo no Advento
Sugestão de hinos: Hinário Luterano 240, 245.
Firmes, confiantes e alegres nas palavras de Jesus
v. 31: "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão".
Uma das sugestões para o texto do Evangelho deste 1º Domingo no Advento é a passagem destacada acima. A outra é Mc 11 com a famosa entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. A princípio, quando lemos um texto como esse, talvez a primeira pergunta que nos venha à mente é: O que esse texto tem a ver com o Advento? Isso tem mais cara de Último Domingo do Ano da Igreja. No entanto, o texto é bastante oportuno, desde que o leiamos com atenção e, de preferência, relacionado aos demais textos indicados.
O advento é um período especial dentro do calendário eclesiástico porque é tempo de preparação para a chegada do salvador Jesus Cristo. O próprio nome já diz tudo: Advento, ou seja, vinda, chegada.
Mas quando falamos da vinda de Jesus, não lembramos de um único evento, ocorrido há mais de dois mil anos, senão também da segunda vinda de Jesus. Nossa preparação, como cristãos, não pode ser apenas de enfeitar o pinheirinho, colocar uma coroa na porta e comprar um pequeno presépio, estando assim preparados para o Natal apenas como uma festa que acontece ao final de cada ano. Precisa - e isso é o mais importante - ser um preparar do coração para receber Jesus todos os dias de todos os anos e, assim, sermos recebidos por ele quando vier novamente.
O próprio Jesus é quem nos deixa de sobreaviso: Vigiai! Vigiar significa estar atento à nossa fé, alimentando-a constantemente para que não enfraqueça ou desapareça. Isso pode ser feito de forma bastante simples quando o cristão abre sua Bíblia e reflete na palavra de Deus.
O profeta Isaías lembra muito bem que nossa justiça é como trapo de imundícia. Naturalmente, afastamo-nos de Deus, vivendo a nosso bel-prazer. Muitas vezes, no pecado. Por isso, não é com as nossas hipócritas e exteriores obras que vamos convencer o Rei Jesus de que merecemos um lugarzinho no céu.
Contudo, o amor de Deus é tão grande que ele nos deu uma nova justiça. Uma justiça que apaga os nossos pecados e nos faz justos e amados de Deus. Essa justiça é o próprio Jesus Cristo, o qual diz o apóstolo Paulo, com toda a confiança, que ele nos guardará até o fim para sermos apresentados irrepreensíveis diante do Pai celeste.
Quem está firme? Quem está vigilante? Aquele que atenta às palavras de Jesus e, pela fé, recebe a sua justiça de plena santidade. Nossas obras, assim como os céus e a terra, hão de passar. A única coisa que não passará, são as palavras de Jesus. E quem está firme nelas, certamente não será abalado.
Assim, montar o pinheirinho e o presépio, pendurar a coroa de advento passam a ser não obras vazias, mas expressão da nossa alegria em lembrar que, em mais um Natal, Jesus vem ao nosso coração. E, no último Dia, quando ele vier novamente, nós é que iremos para o coração de Jesus. Amém.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Mensagem Último dom. do Ano da Igreja A 2014
Igreja
Evangélica Luterana Cristo – Juína
Pr.
Edenilson Gass
Sl 95.1-7a; Ez 34.11-16,20-24; 2Pe
3.3-13; Mt 25.31-46 – Último dom. do Ano
da Igreja A 2014
Benditos e salvos pela fé
v.
34: “Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu
Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”.
Você
é uma pessoa detalhista? Aquela pessoa que, na escola, não entregava um
trabalho antes de revisar cada seção, cada ponto? Aquela pessoa que, quando
limpa a casa, primeiro vira a casa de ponta cabeça para depois colocar tudo no
lugar? Ou então que leva duas horas para se arrumar antes de sair de casa?
Ser
uma pessoa perfeccionista tem lá suas vantagens. Mas também tem o seu lado
negativo. Parece que o maior problema das pessoas com esse tipo de
personalidade é que elas podem se estressar muito facilmente quando não tem
tempo suficiente para fazer tudo como gostariam. Ou então elas podem se
frustrar muito facilmente quando veem que as outras pessoas não tem o mesmo grau
de cuidado com aquilo que fazem.
Mas,
como já foi dito, é claro que ser detalhista também traz os seus benefícios. No
texto de hoje, por exemplo, nós precisamos prestar a atenção a alguns detalhes
se queremos entender bem o que Jesus quer dizer. Por isso, seja você alguém
detalhista ou não, neste momento nós vamos refletir justamente sobre esses
detalhes.
Na
verdade, no caso deste texto e de tantas outras passagens bíblicas, se a gente
simplesmente passar correndo por cima, pode ser que a gente entenda exatamente
o contrário do que o texto quer dizer.
É
muito fácil, num texto como este, acontecer o seguinte: A pessoa está lá em
casa fazendo a sua leitura bíblica. E aí ela percebe que Jesus começa a falar
do dia em que ele vai voltar, que ele vai separar as pessoas em dois grupos,
vai elogiar os que estarão à sua direita pelo que fizeram e vai condenar
aqueles que agiram de forma diferente.
Nessa
leitura rápida, provavelmente a sua conclusão vai ser mais ou menos assim: Os
que fizerem muitas coisas boas serão salvos e os que não fizeram serão
condenados.
Mas
será que é isso que Jesus está dizendo? O primeiro problema dessa interpretação
é que ela se choca diretamente contra outros textos claros que dizem bem o
contrário. Romanos 3.28, por exemplo: “Concluímos, pois, que o homem é
justificado pela fé, independentemente das obras da lei”.
Por
isso vamos diminuir a velocidade da nossa reflexão e prestar a atenção a alguns
detalhes do texto. Detalhes esses que nada mais são do que palavras.
Jesus
começa dizendo de como será a sua vinda. Não será como da primeira vez: em
humildade, numa manjedoura, mas com toda a glória e o poder que ele tem.
Portanto, um dia glorioso, um dia em que veremos os anjos de Deus.
Todos,
sem exceção, vivos e mortos, serão reunidos diante dele como as pessoas se se
encontram diante do juiz no tribunal. E, no seu julgamento, ele vai separar a
todos em dois grupos, como o pastor separa os cabritos das ovelhas. “E porá as
ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda”.
Essa
imagem – que envolve pastor e ovelhas – é comum na Bíblia. Na passagem de
Ezequiel 34 nós lemos que Deus mesmo é quem busca as suas ovelhas e as reúne
fazendo de todas um só rebanho com um só pastor.
Depois,
em Jo 10, o próprio Jesus diz ser o Bom Pastor e que as suas ovelhas são
aqueles que, ao ouvirem a sua voz, o seguem. Em momento algum a Bíblia diz que aquelas
pessoas que praticam muitas e muitas boas obras são as que se tornam ovelhas de
Jesus. Assim como ela também não diz que os cabritos (ou, os descrentes) são
pessoas devassas que fazem tudo errado, que só vivem em pecado.
Claro
que Jesus também diz assim: Aquele que me ama, guarda os meus mandamentos. Mas
isso é uma consequência. Como ovelhas do pastor Jesus nós queremos seguir os
seus passos, guardar os seus mandamentos. Queremos andar no caminho seguro que
é sempre seguir o pastor Jesus.
Então,
só isso já seria o suficiente para a gente entender que, quando Jesus fala de
cabritos e ovelhas, ele não está falando de maus e bons. E sim daqueles que
creram e daqueles que não creram. Os que não creram, serão rejeitados pela sua
incredulidade, não pela sua vida; e os que creram, serão recebidos unicamente
pela fé em Jesus.
Depois
Jesus segue, no versículo 34, dizendo que ele vai chamar os seus fiéis e vai
lhes dizer o seguinte: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino
que vos está preparado desde a fundação do mundo”.
Em
primeiro lugar, a palavra para “benditos” é a mesma palavra que para
“abençoados”. E quem é mais abençoado do que aquele que recebeu a fé no
salvador Jesus Cristo e, por esta fé, tem a salvação?
Em
segundo lugar, Jesus diz que o reino em que os benditos de Deus vão entrar já
está preparado desde a fundação do mundo. Isso de maneira alguma indica um
“prediletismo”, um “preferencialismo”, como se Deus já houvesse decido desde
antes da fundação quem seria salvo e quem seria condenado. Mas que Deus, na sua
onisciência, sempre soube quem, no último Dia, vai estar à direita e quem vai
estar à esquerda.
E
outra coisa: vejam se essa frase não parece estar fora do contexto aqui. Porque
Jesus está falando do último Dia e não da Criação do mundo. E, do nada, ele diz
que o reino eterno, na verdade, já existe desde antes da fundação do mundo.
Parece que Jesus faz questão de dizer isso aqui para fortalecer a nossa fé na
salvação. Porque se hoje cremos em Jesus como nosso único e suficiente salvador
é porque fazemos parte daquele povo, eleito na sabedoria de Deus desde antes da
fundação do mundo para, no último Dia, sermos recebidos na glória eterna.
Agora,
vamos lá para o versículo 37 onde os fiéis respondem ao Rei Jesus: “Então,
perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de
comer? Ou com sede e te demos de beber?” E por aí vai.
Em
primeiro lugar, as boas obras na vida do cristão – as boas obras que nada mais
são do que cuidar das pessoas: dar água, comida, hospedagem e assim por diante
– são coisas tão naturais na vida do cristão que, no último Dia, eles vão
perguntar a Jesus: Nossa, mas quando foi que nós fizemos tudo isso? É como
Lutero escreveu: O cristão não pergunta se há boas obras para fazer, mas, antes
que pergunte, já as fez.
Em
segundo lugar, percebam que Jesus chama os fiéis de “justos”. E quem são os
justos na Bíblia? São aqueles que praticam boas obras? Os fariseus ofertavam no
templo com sacolas e nem por isso Jesus os chamou de justos.
Mais
uma vez, como quando a gente falou das ovelhas, justo diante de Deus é aquele
que está unido com o único Justo e esse é Jesus Cristo. Justo é aquele que,
pela fé, toma posse da justiça de Cristo. E por estar unido com Cristo é que
Deus o vê como justo e aceita tanto a ele como as suas obras.
Bem,
detalhes. Nós poderíamos entrar em mais alguns detalhes, mas daí a coisa iria
muito longe. O que podemos concluir é o seguinte: Nas coisas da vida, a gente
não precisa perder os cabelos por causa de pouca coisa. Embora, prestar a
atenção nos detalhes também possa ser muito útil. Portanto, fiquemos com o
equilíbrio. Tentemos perceber quando é necessário ser detalhista e quando não
é. E, quando o assunto é salvação, fiquemos sempre com a opção da fé no
salvador Jesus Cristo. Porque, quando o assunto é salvação, a fé é o detalhe
que faz toda a diferença. Amém.
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