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sábado, 5 de julho de 2014

Mensagem 4º dom. após Pentecostes A 2014



Igreja Evangélica Luterana Cristo – Juína
Pr. Edenilson Gass
Sl 145.1-14; Zc 9.9-12; Rm 7.14-25a; Mt 11.25-30 – 4º dom. após Pentecostes A 2014
Jesus carrega as nossas cargas
v. 28: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”.
Qual foi o maior peso que você já carregou? Tem gente que, por causa do seu trabalho, passa o dia todo carregando peso de um lado para o outro. Já com outros, isso acontece só de vez em quando: instalando um botijão de gás, trocando algum móvel de lugar.
Mas esse não é o único tipo de peso que existe, um peso físico. Pode ser um peso emocional: Há pessoas que o peso que carregam é a perda de um ente querido; a dor da separação de um casal; a dor causada por um filho desobediente. A culpa também é um peso muito grande. Quando a pessoa não se perdoa.
Outros, ainda, carregam um peso espiritual. Pessoas que não conseguem perceber que Deus está presente em suas vidas; pessoas que tem dúvidas da sua salvação; pessoas que queriam tanto ter mais fé, mas não conseguem. É a todas essas pessoas que Jesus se dirige quando fala em Mt 11 daqueles que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas.
E quantas cargas nós carregamos ao longo da vida? Ora um problema familiar, ora um problema financeiro, ou então de saúde, de fé.
E como é difícil encontrar uma luz no fim do túnel nesses momentos. A tendência, na verdade, é cada vez mais apagar toda e qualquer luz que aparece. Isso porque o sofrimento nos leva a um desespero onde tudo o que já é ruim nós passamos a enxergar pior ainda. Muitas vezes o problema está no nosso medo. O medo de encarar uma dificuldade pode fazer dessa dificuldade muito maior do que ela realmente é.
Cada um tem a sua vida, cada um tem os seus planos, os seus valores, o seu jeito, mais uma coisa todos têm em comum: os problemas, as dificuldades. Ou, na linguagem bíblica, a sua cruz.
Um cuidado que é preciso é que tem gente que procura cargas para carregar. Por exemplo: aquela pessoa que não trabalha para viver, mas vive para trabalhar. É só trabalho, trabalho, trabalho... E aí a gente fica se perguntando: será que o custo-benefício é equilibrado? Será que o retorno financeiro compensa a saúde e o tempo exigidos para uma carga horária tão grande?
Tem gente que se tiver um dia de folga por semana, ainda acha coisa para fazer nesse dia. Parece que não pode parar nunca. E, por estas e outras razões, como exigir demais de si próprio, se estressar demais, não cuidar da saúde, se expor ao perigo, muitos se arrependem amargamente mais tarde por terem feito ou deixado de fazer aquilo que sabiam que deveriam ter feito ou deixado de fazer.
Olhando por este ângulo é que o filósofo cristão C. S. Lewis vai dizer o seguinte: “o sofrimento é um megafone de Deus para acordar um mundo surdo”. Nós sabemos, pela Palavra de Deus, pela nossa própria consciência o que é melhor para nós mesmos. Mas por teimosia, por desobediência, por rebeldia muitas vezes optamos por fazer exatamente o contrário.
O que é a sede? Ora, a sede é um sinal do corpo avisando que alguma coisa está errada. Que está na hora de tomar água? Não! Que já deveríamos ter tomado. O correto seria não esperarmos ter sede para, então, tomarmos água.
Assim também Deus, muitas vezes, precisa chamar a nossa atenção de alguma forma para que olhemos para aquilo que estamos fazendo e que pode nos trazer prejuízos sejam eles físicos, emocionais ou espirituais no futuro.
Por outro lado, se há alguns que procuram cargas para carregar, outros fogem de toda e qualquer carga, por mais leve que seja. E isso também não é bom. E aqui nós podemos pensar em dois tipos de pessoas:
Uma é aquela que não quer saber de nada. Não quer estudar, não quer trabalhar, só quer comer e dormir. A esse o sábio rei Salomão vai pedir que tenha uma conversinha com a formiga para que ele aprenda que trabalhar também faz parte da vida e que não só é importante como é necessário.
A segunda é aquela pessoa que simplesmente não quer se incomodar. Quer viver em paz. Não quer dizer que ela não quer trabalhar, mas quer um trabalho leve, uma vida boa, uma família perfeita, dinheiro à vontade. Mas esses acabam desiludidos porque não é possível uma vida sem dificuldades.
Nós sabemos que, por vezes, o caminho da vida é estreito e pedregoso. E a pessoa que faz só aquilo que lhe agrada, que lhe traz prazer, não está se preparando para as dificuldades da vida.
Jesus não promete uma vida sem problemas. Ele diz: “... a carga que eu ponho sobre vocês é leve”. Ou seja, existe uma carga. Em outra passagem ele vai dizer: “... se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”.
Por falar nisso, havia um homem que vivia reclamando da sua cruz. Ele dizia: ai, Senhor, a minha cruz é tão grande, tão pesada. Por favor, diminua o tamanho e o peso da minha cruz. De tanta insistência Deus atendeu o seu pedido. Certo dia, lá estava ele em algum lugar onde se deparou com um precipício. A única saída era colocar a sua cruz dali até o precipício que havia do outro lado, então ele poderia passar e chegar lá. Só que quando foi fazer isso percebeu que não podia porque a sua cruz era tão pequena que não chegava do outro lado e tão leve que não suportaria nem mesmo o seu próprio peso.
A moral da estória é que os problemas, as dificuldades, as cruzes que precisamos suportar nos dão experiência e forças para enfrentar um momento pelo qual não conseguiríamos passar nem compreender se não tivéssemos antes passado por isso ou por aquilo.
Quantas vezes acontece alguma coisa que a gente fica se perguntando: Por que isso? Por que aquilo? Só que mais tarde a gente se dá conta de que aquilo que nós julgamos desnecessário não só era preciso que acontecesse como também nos deu uma nova visão e experiência para enfrentarmos outras situações.
Às vezes, também, Deus precisa fazer do limão uma limonada. Quantas vezes a gente já viu aquela mesma situação acontecer: da pessoa que se afasta da igreja, mas quando se depara com uma doença ou alguma outra dificuldade, acaba voltando. Foi um mal necessário. Deus usou a doença para trazer de volta essa pessoa para junto de si. Para que ela aprendesse a valorizar mais a igreja, a família e a cuidar mais de si mesma.
E como é importante sempre lembrarmos que não estamos sozinhos, mas que Deus está do nosso lado especialmente nos momentos mais difíceis. Exatamente aqueles momentos onde somos tentados a pensar que Deus nos tem abandonado. A promessa de Jesus continua: “vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”.
Portanto, qual foi o maior peso que você já carregou? Talvez você esteja carregando ele agora. Seja lá qual for a situação, jamais esqueçamos de que, com Jesus, qualquer carga, por mais pesada que seja, fica mais leve porque ele nos ajuda a carregar. Não importa qual é a carga, o convite de Jesus é sempre o mesmo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Amém.

A summary…
Jesus carries our burdens
v. 28: “Come unto me, all ye that labour and are heavy laden, and I will give you rest”.
What was the heaviest weight you have already uploaded? Some people bear physical weight, others bear emotional weight and others yet spiritual weight. To all these people Jesus goes when speaks in Matthew 11 about those are tired of carrying heavy loads.
Two problems we have, specially, in this question. First, there are people who staying looking for loads to load. They does not rest neither even they can do it. All they know is work, work and work. Holiday? Day off? Let us work too. But, in the future, they can have some problems because of it.
Second, there are people who flight from any load. They can only rest. Nothing of study, household chores or work. This is bad as well. The life is not so. Solomon says: “Go to the ant”. And Paul: “The labourer is worthy of his reward”.
And Jesus says: “For my yoke is easy”. Yes, there is yoke. Even in Jesus, there is a yoke. All of us have loads to bear or, in biblical language, our cross. And God has a reason for each one cross. He is with us and help us to bear the yokes of the life.
It does not matter the load. The invite of Jesus is always the same: “Come unto me, all ye that labour and are heavy laden, and I will give you rest”. Amen.
 

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