Igreja Evangélica Luterana Cristo – Juína
Pr. Edenilson Gass
Jo 10.1-10 – 4º dom. de Páscoa A 2014
Jesus, o bom
pastor que nos conduz
v.
4: “Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas
o seguem, porque lhe reconhecem a voz”.
Quem
já viu um pastor cuidando de seu rebanho de ovelhas deve ter percebido que elas
têm uma postura diferente diante do pastor em relação a outras pessoas. Elas
não tem medo do seu pastor. Elas confiam no pastor. E, por isso, elas obedecem
e seguem o pastor.
Agora
vai você tentar fazer o mesmo. Tenta chamar um rebanho para ver o que acontece.
A ovelha pode até ser um bichinho bobo. Se você largar ela em um lugar estranho
ela morre porque não sabe nem procurar comida nem se defender. Mas uma
qualidade ela tem: Ela só segue a voz do seu pastor. E é isso que mantém ela
segura.
Jesus,
no texto de Jo 10, se apresenta como o bom pastor. Na perícope de hoje, é
verdade que ele não diz isso explicitamente, afinal, o texto de hoje é uma
parábola. Mas se a gente for só mais um versículo adiante, Jesus vai dizer o
seguinte: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”.
Mas
antes de falarmos de Jesus como pastor e quem pertence ao seu rebanho, é
importante relembrarmos algumas coisas. Todos sabemos que um aprisco é como se
fosse um curral, um piquete, só que de ovelhas. A diferença é que naquele tempo
os apriscos eram cercados por muros altos para evitar que algum animal selvagem
atacasse as ovelhas. O único jeito de entrar no aprisco era pelo portão.
E,
muitas vezes, vários rebanhos eram colocados dentro de um mesmo aprisco para
passar a noite. E pela manhã eles eram separados novamente. Mas, no meio de
tantas ovelhas, como saber qual delas faziam parte do seu rebanho ou se
pertenciam a outro pastor?
Em
primeiro lugar, o pastor passava o dia todo cuidando atentamente do rebanho.
Ele conhecia muito bem as suas ovelhas e era capaz de indicar a dedo cada uma
das suas ovelhas. E em segundo lugar, as ovelhas conheciam muito bem o seu
pastor. E só saiam do aprisco quando ouviam a voz dele.
Quando
o pastor chamava, então, o seu rebanho, ele ia na frente preparando o caminho.
Verificando se havia algum animal ou alguma coisa que pudesse atacar ou
machucar as suas ovelhas. E assim ele fazia em qualquer lugar por onde as
ovelhas tivessem de passar.
Essa
era a imagem que os discípulos provavelmente tinham em mente quando Jesus
proferiu aquela parábola. Mesmo assim, como em outras vezes, os discípulos não
entenderam o que Jesus queria dizer com aquela história.
Não
é assim que acontece também com a gente quando lemos a Palavra de Deus? Por
vezes também não entendemos o texto e precisamos ler de novo e de novo e lá de
vez em quando ainda temos que passar reto e entender esse texto difícil só
depois a partir de um outro texto mais claro, mais fácil de entender.
Mas
Jesus é bem claro aqui em todos os aspectos. Começando pela porta. Se a porta é
o único lugar por onde se pode entrar no aprisco, evidentemente que se alguém
tenta entrar pulando o muro é porque ele não é pastor. É ladrão, salteador ou
mesmo uma fera selvagem. E Jesus deixa bem claro que o ladrão só vem para
roubar, matar e destruir.
Quantos
ainda hoje continuam entrando no aprisco por cima do muro? Colocam uma bíblia
debaixo do braço, decoram um ou dois versículos e saem intitulando a si mesmos
pastores, bispos, apóstolos sem nenhum estudo, sem nenhum preparo. E o pior de
tudo: sem um chamado do rebanho.
Ninguém
os chamou lá. Simplesmente chegam como intrusos, se dizem pastores, donos da
verdade e ai daquelas ovelhas que não lhe derem ouvidos. E muitas dessas
ovelhas, ou por medo ou por ilusão ou ingenuidade (e esta última na maioria das
vezes) se deixam guiar por quem só quer roubar, matar e destruir.
Apresentam
a Palavra de Deus de forma distorcida para satisfazer os seus próprios
interesses e assim roubam das ovelhas a paz com Deus, a tranquilidade de
consciência e, tirando delas a certeza da salvação, matam suas esperanças e
destroem suas almas.
Já
o bom pastor Jesus age de forma bem diferente. O pastor Jesus entra no aprisco
pela porta. Porque Deus, o porteiro, sabe que ele é o legítimo pastor e que ele
tem o direito de entrar pela porta porque não vai machucar as ovelhas.
O
pastor Jesus não faz uso de ameaças. Não briga, não machuca nem extorque as
suas ovelhas. Ele chama com voz calma e suave. Cada uma pelo nome. Ele ajuda,
protege, socorre o seu rebanho com um amor que chega ao ponto de colocar a vida
do rebanho como mais importante. Afinal de contas, o bom pastor dá a vida pelas
ovelhas.
E
quando Jesus chama o rebanho, imediatamente aquelas ovelhas que são do pastor
Jesus ouvem a sua voz e o seguem enquanto as outras ovelhas ficam no aprisco. Jesus
não precisa brigar. Não precisar obrigar as suas ovelhas a segui-lo. Porque as
suas ovelhas, só de ouvirem a sua voz já se levantam e o seguem.
Mesmo
sabendo que lá fora há perigos, dificuldades, que seria bem mais seguro ficar dentro
do aprisco, as ovelhas que são de Jesus o seguem por onde quer que ele as leve.
Não
é assim que acontece ainda? Afinal o pastor Jesus continua chamando todos os
dias. E têm aquelas ovelhas que ouvem a sua voz e o seguem. E outras que
preferem ficar acomodadas no seu aprisco. O chamado de Jesus para tomar a cruz
e segui-lo em todas as circunstâncias nem todos querem aceitar.
E
é nessa hora que o rebanho se divide. E fica bem claro aquelas que são do
rebanho de Jesus e aquelas que não têm pastor e preferem ficar à mercê dos
salteadores.
Nesse
dia de dia das mães, dia em que lembramos de tantas mães que se esmeram, se
esforçam, fazem de tudo pelo bem dos filhos. Mães que se privam de muitas
coisas, inclusive noites de sono, para que os filhos possam ter tudo o que
precisam e até mais.
Se
essas mães não ensinarem seus filhos a seguirem o bom pastor Jesus, por mais
que se esforcem, não vão ter ensinado nada. “De que adianta ganhar o mundo
inteiro e perder a sua alma” é a pergunta que Jesus faz.
Mas
a mãe que se dedicar a isso em primeiro lugar, a ensinar seus filhos a seguirem
o pastor Jesus onde quer que estejam, sejam quais forem as dificuldades, terão
ensinado a coisa mais importante da vida deles. E jamais eles vão ter o direito
de dizer que faltou alguma coisa. Porque mesmo que tenha faltado alguma coisa,
o mais importante não faltou.
Mas
como reconhecer a voz de Jesus em meio a tantas vozes que dizem anunciar a sua
palavra? Assim como o pastor de ovelhas, o pastor que recebe o chamado de uma
congregação tem a função de guiar o rebanho no caminho seguro. E ele faz isso
pelo ensino da Palavra de Deus e pela administração do batismo e da santa Ceia.
As
ovelhas que aproveitam essas oportunidades são aquelas que saíram do aprisco
porque ouvem e querem seguir a voz do pastor Jesus. Não precisa brigar ou
ameaçar. Para quem faz parte do rebanho de Jesus, só o ouvir a sua voz já é o
suficiente para segui-lo.
O
ladrão, o diabo, sempre vem para tirar e destruir a vida. Já o bom pastor Jesus
sempre vem para nos dar a vida, nos conduzir nessa vida e nos levar até os
pastos mais verdejantes de todos na eternidade com ele. Como ovelhas que seguem
o seu pastor, seguir o pastor Jesus também é o que nos mantém seguros. E por
onde quer que andemos podemos confiar que Jesus vai na frente preparando o
caminho.
Por
isso todos que seguimos a voz do bom pastor Jesus, também podemos dizer com
Davi: “bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha
vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre”. Amém.
A summary…
Indeed, the sheep is not a clever animal. It
cannot find food neither defends itself from other animals. But the sheep has a
big quality: It follows only its shepherd’s voice.
In John 10, Jesus show himself as the Good Shepherd.
He says: “I am the good shepherd: the good shepherd giveth his life for the
sheep”. (KJV)
Jesus talk about the sheepfold, surrounded by a
tall wall. And there is a door. Who enter by the door is the shepherd. But who
enter climbing up the wall is a thief and a robber.
Nowadays, there are lots of thieves and robbers
too. They are those who, without a call, entitle themselves as pastors, bishops
or even apostles. And the flock, for fear, illusion or ingenuity let itself
believes the robbers.
The good shepherd Jesus is absolutely
different. He enters the fold by the door because God, the doorkeeper, knows
who Jesus is the legitimate shepherd. Jesus does not fight or hurt the flock.
He calls his flock with sweet and calm voice. He helps and protects the flock.
Even with the riskiness on the outside, the
flock follows Jesus, because it trusts in the care and protection of his
shepherd.
So we can also say with the Psalmist: “Surely
goodness and mercy shall follow me all the days of my life: and I will dwell in
the house of the Lord for ever”. Amen.
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